Roger Rivas - Organ Versions Vol. 2

Segundo volume do álbum "particular" de Roger Rivas, tecladista da Banda norte-americana de Skinhead Reggae The Aggrolites.

Assim como no Organs Version Vol.1 , este álbum também faz releituras de bases conhecidas, mas com o teclado feito por Roger Rivas.

*** Se clicar em cima do nome da música, já começa a tocar. E se preferir pelo download, ele é instantâneo direto do servidor.



Wilton 'Bogey' Gaynair - Blue Bogey (1959)


Mais um representante da Alpha Boys School, Wilton 'Bogey' Gaynair começou sua carreira fora de Kingston por insistência de Dizzy Reece. Em sua primeira passagem por Londres o saxofonista chamou atenção de diversos produtores e músicos locais, pela participação no quinteto de Reece, em 1955. Alguns anos depois, em 1958 ele voltou para Londres onde manteve contato com Tony Hall, que o estimulou a gravar um álbum como líder, o resultado dessas conversas foi o disco de estreia de Gaynair, Blue Bogey, que traz dois temas dedicados ao produtor Tony, Deborah, homenagem de Gaynair a filha mais nova de Tony e Blues For Tony. Além de um músico excepcional, Wilton Gaynair era um homem muito humilde, modesto e um estudioso, ele achava que era necessário estudar o máximo possível para descobrir tudo que o instrumento poderia lhe proporcionar, assim conseguindo encontrar seu próprio estilo.

A primeira vez que ele ouviu as gravações desse disco ele disse a Tony: "Nada esta acontecendo... Eu consigo fazer muito melhor que isso!", o produtor respondeu: "Eu só rezo para quando você fizer melhor que isso eu esteja com as fitas gravando".

Line: Wilton Gaynair, tenor sax; Terry Shannon, piano; Kenny Napper, baixo; Bill Eyden, bateria.

01 - Wilton's Mood
02 - Deborah
03 - Joy Spring
04 - Rhythm
05 - Blues For Tony
06 - The Way You Look Tonight
07 - Gone With the Wind (Bonus)

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Dizzy Reece - Star Bright (1959)


Assim como Joe Harriott, Don Drummond, Tommy McCook e muitos outros grandes músicos, Dizzy Reece também aprendeu a tocar na Alpha Boys School. Mesmo sendo filho de um pianista que tocava durante filmes mudos em Kingston, foi somente na escola católica que ele começou a tocar, primeiro sax barítono e depois aos 14 anos passou para o trompete, e aos 16 já era um músico profissional. Durante toda década de 50 viajou pela Inglaterra e França, ganhando o respeito de muitos jazzistas que o viram tocar, como o genial Sonny Rollins, e especialmente Miles Davis, que dizia "Ele tem alma, originalidade, e acima de tudo: não tem medo de assoprar fogo!”, com tantos elogios Dizzy Reece chamou atenção do produtor Alfred Lion, dono da maior gravadora de Jazz dos EUA, a Blue Note Records.

Durante suas primeiras gravações pela Blue Note, Dizzy não conhecia os músicos, apenas Art Taylor que havia tocado com ele em Paris. Porém, Dizzy costumava dizer que já tinha tido contato com a alma de cada um deles, e que isso era o mais importante. Hank Mobley foi o que mais se aproximou de Dizzy, virando um parceiro constante.
Esse disco marca a fase americana na carreira do trompetista, depois de ter tocado por todos clubes de jazz de Tottenham à Paris, os americanos conseguiram levar Dizzy para o verdadeiro mundo do jazz, New York.

Line:
Hank Mobley, tenor sax; Dizzy Reece, trompete; Winston Kelly, piano; Paul Chambers, baixo; Art Taylor, bateria.

01 - The Rake
02 - I'll Close My Eyes
03 - Groovesville
04 - The Rebound
05 - I Wished On The Moon
06 - A Variation On Monk

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Joe Harriott - Southern Horizons (1960)


Em 1951, Joe Harriott desembarcou em Londres com apenas 23 anos, para acompanhar a big band de Ossie DaCosta. Após a tour por UK, Harriott decidiu ficar na Inglaterra, onde gravou diversos álbuns, Southern Horizons é o seu disco de estreia pelo selo Jazzland. É notável a busca do saxofonista por  referências latinas inseridas no jazz, por isso a escolha de temas como Caravan de Duke Ellington, e Senor Blues de Horace Silver, além da faixa título que traz uma performance quente de Frank Holder no bongo.

Considerado por muitos fundador do free jazz ao lado do genial Ornette Coleman, Joe Harriott que depois dedicou sua carreira a diferentes formas de tocar e novas linguagens musicais para unir ao jazz, aqui ainda era um mero desconhecido mas já tinha essa vontade de trazer novos sons para sua música. É um grande álbum de estreia, gravado em 1959 e lançado em 1960. Hard bop de primeira linha, tocado com excelência. O disco chocou os ouvintes de jazz da Inglaterra, e abriu muitas portas para Joe Harriott em clubes de jazz em todo país.

Line: Joe Harriott, alto saxofone; Hank Shaw, trompete (faixas 1-3 & 5); Shake Keane, trompete, flugelhorn (faixas 4 & 6-9); Harry South, piano; Coleridge Goode, baixo; Bobby Orr, bateria; Frank Holder, bongos.

01 - Still Goofin'
02 - Count Twelve
03 - Senor Blues
04 - Southern Horizons
05 - Jumpin' with Joe
06 - Liggin'
07 - Caravan
08 - You Go To My Head
09 - Tuesday Morning Swing

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Jazz Jamaica From the Workshop (1962)


A Y&M sempre teve como função primordial, não deixar a história da velha guarda da música jamaicana cair no esquecimento. É necessário escutar, sentir, discutir, compartilhar e, sobretudo, respeitar quem deu o ponta pé inicial dessa cultura. Todo esse movimento do jazz jamaicano se consolidou em 1954 com o grande concerto de Jazz no Ward Theater em Kingston. Os grandes jazzistas daquele ano Joe Harriott, Sonny Grey, Dizzy Reece, Harold McNair, se retiraram do país para buscar reconhecimento no velho mundo, porém uma nova safra de grandes instrumentistas e arranjadores estava surgindo.

Para começar uma série de postagens dedicadas aos maiores jazzistas que a Jamaica já criou, vamos postar essa pérola fundamental produzida por Coxsone Dodd, lançada pelo Studio One em 1962. Jazz Jamaica From the Workshop é o nome do álbum e projeto de Sir Coxsone para homenagear o ano de  independência da Jamaica.

Ele reuniu os mais virtuosos músicos de Kingston sob a batuta de Tommy McCook para gravar um álbum exclusivamente de Jazz. O disco traz quatro composições originais, “Serenade in Sound” e “Mr. Propman” escritas por Don Drummond, “The Answer” de McCook, e por fim, “It Happens”, tema do pianista Cecil Lloyd. Além de ser um dos primeiros registros do Jazz jamaicano, o valor desse disco está no grande encontro dos jovens Tommy McCook, Roland Alphonso e Don Drummond. Essa aproximação foi o começo da amizade dos músicos que alguns anos depois juntos criaram os Skatalites.

Line:
Tommy McCook, tenor sax; Roland Alphonso, tenor sax; Billy Cooke, trompete; Don Drummond, trombone; Cecil Lloyd, piano; Ernest Ranglin, guitar; Lloyd Mason, baixo; Carl McLeod, bateria.

01 - Calypso Jazz
02 - Serenade In Round
03 - The Answer
04 - Bennie's Tune
05 - Never On Sunday
06 - Away From You
07 - Mr Propman
08 - It Happens